Salve,
salve galera! LP Voltando ao lugar de origem, ao local que pertenço
verdadeiramente de colaborador do ID. E como de praxe, trazendo um filme
ABSURDAMENTE COMPLEXO só pra mexer com a cabeças de vocês, mas não se
preocupem, semana que vem tem a explicação no Quatro Selos.
No
filme de hoje eu trago uma obra muito famosa, quem tem contato diário comigo
sabe o quanto eu recomendo esse filme e na real, essa meleca de filme é tão
famoso, mas tão famoso que eu já tô puto só de pensar que alguns de vocês talvez,
sequer tenham ouvido falar dele.
E antes de mais nada eu preciso
informar que não seguirei o formato costumeiro do Pega a Pipoca, porque esse
não é um filme comum.
2001:
A Space Odyssey ou no português, 2001: Uma Odisseia no Espaço.
Pra
começar esse filme é somente do diretor mais fodão de todos os tempos, Stanley
Kubrick o maior diretor que o mundo já viu, só a título de comparação ele
comia Nolans e Finchers no café da manhã!
Pra
começar esse filme foi pioneiro em diversas formas de linguagem, como os
efeitos especiais que beiram o surrealismo, além de não ter quase nenhum
diálogo e um puta realismo científico. Esse filme é simplesmente referência
para praticamente todas as obras que surgiram no cinema atual. Interstellar?
2001. Dr. Estranho? 2001. Gravidade, Perdido em Marte, Minority Report, Blade
Runner, tudo 2001.
É
interessante notar que ele não é uma simples adaptação de um livro, uma vez que
filme e livro foram escritos ao mesmo tempo, com um tomando uma abordagem mais
explicativa e o outro optando por te deixar no escuro.
O
roteiro do filme se divide basicamente em quatro grandes atos:
Aurora
do Homem:
Tudo
começa quatro milhões de anos atrás, com uma pequena tribo de macacos
convivendo com antas e então eis que a tragédia se abate sobre eles, quando um
dos membros desse bando é
atacado e morto por um leopardo,
para logo em seguida ser hostilizada por outra tribo quando tentavam alcançar
um “olho d’água”. Aqui abre-se espaço para a poética de toda a cena, uma vez
que esses hominídeos vivem em harmonia com a natureza. Quando nasce o próximo
dia, eis que nos deparamos com uma visão que quebra todo o ritmo da película,
um gigante monolito negro, suas formas sólidas e retas se contrastando com o
ambiente e deixando os macacos em um primeiro momento com medo, mas depois
despertando a curiosidade a ponto destes buscarem tocá-lo. Engraçado como uma coisa
está relacionada a outra, pois ao tocar o monolito, eis que ocorre o despertar
evolutivo da espécie: um hominídeo evolui e se “transforma” no Homem. Aquele
ser observa uma carcaça de ossos no chão e, aos poucos, muito hesitante, pega
um dos ossos mais robustos e começa a bater no chão e nos demais ossos. É a
primeira vez que uma ferramenta é usada por ele ou por qualquer outro ser.
Acabou a fome da tribo, pois as antas são abatidas para alimentá-la e, quando a
tribo inimiga invade o território novamente, o osso é usado como ferramenta de
dominação, sendo a cena final uma das mais icônicas do cinema até hoje. Nesse
meio tempo vale ressaltar o show a parte que a trilha sonora dá, lembrando que
a música desse momento, famosa nos dias de hoje, começou nesse filme. Eu
acredito que essa passagem possui uma metáfora profunda sobre a condição de
existência humana. Quando nós finalmente evoluímos a ponto de usar uma
ferramenta, o que fazemos com ela? Uma arma.
AMT-1:
Essa
parte gira em torno do Floyd que para em uma estação espacial na órbita da Terra
para um descanso de sua viagem a Base Clavius na Lua. Depois de videotelefonar
para sua filha, ele encontra sua amiga Elena, uma cientista russa, e seu colega
Dr. Smyslov, que pergunta à Floyd sobre "coisas estranhas" ocorrendo
em Clavius e de um rumor sobre uma misteriosa epidemia se espalhando pela base.
O americano se recusa a responder qualquer pergunta sobre a epidemia. Sua
missão é investigar um artefato recém encontrado - Anomalia Magnética Tycho Um
(AMT-1). Floyd e outros vão de ônibus lunar até o artefato, um monólito preto
idêntico àquele encontrado pelos macacos. Os visitantes examinam o monólito, e
posam para uma fotografia na frente dele. Enquanto fazem isso, eles ouvem um
sinal de rádio muito alto vindo do monólito.
Missão
Júpiter:
Mas
é aqui, na missão Júpiter que o filme realmente ganha suas proporções de obra
lendária e forma absoluta de arte tanto pelo seu visual quanto pela mensagem
transmitida. Pra começar chegamos a evolução máxima da condição humana com ferramentas
em seu total potencial e funcionalidade. A missão, composta por que tem como
objetivo investigar uma mensagem de rádio enviada para o planeta gigante pelo
segundo monólito, dessa vez escavado na Lua. É nessa missão que somos
apresentados a Dave Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood)
e mais importante HAL 9000, uma IA que comanda a nave e é o pai de Ash, Joshua,
Skynet, Matrix, Tron e toda e qualquer inteligência artificial rebelde que
conhecemos. HAL chega por vezes a ser mais humano que os pilotos da nave,
possuindo o medo mais ancestral do homem, o medo da morte. Daí você já consegue
imaginar os problemas que a tripulação vai enfrentar com um computador que tem
consciência e medo de ser desligado…
O
final do filme revela sua grandiosidade através da composição das cenas, por
vezes lisérgicas, que mostram que esse foi o filme pai do surrealismo no cinema
e a mensagem transmitida, bem eu terei de auxiliá-los aqui…
Pessoal,
o filme passa 25 minutos sem um único diálogo, assisti-lo ainda hoje é uma
experiência para todos os sentidos e convido cada um de vocês a experiencia-la.
"Open the pod bay doors, HAL."
"I'm sorry Dave. I'm afraid a i can't do that."
13 Comentários
Oi Pâm, tudo bem?
ResponderExcluirQue análise perfeita! Adorei! Eu assisti há muitos anos e lembro que foi um filme que me impactou bastante! Fique com vontade de rever agora!!
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi Mi!
ExcluirO LP arrasa nas análises de filme, não é verdade? <3
obaa e eu preciso mesmo é VER hehehe
beijocas
Gostei da dica, vou assistir!
ResponderExcluirBeijos!!
Jéssica R. Coelho Blog
Oba Jéssica!
ExcluirE depois vem contar pra gentee
beijocas
Oiii, Pam!!
ResponderExcluirNão é um filme que eu tenho muito interesse em assistir :/ Olha, eu nunca sequer ouvi falar nele kkkk Bjs,
www.estranhoscomoeu.com
Luuuu, tudo bom?
ExcluirAh poxa vida... mas espero que tenha gostado da super análise do LP queridão hein? ;)
beijocas
É um fato: nunca vi e eu preciso ver! Ainda fico curiosa com esses minutos sem diálogo, parece desconcertante :D
ResponderExcluirBeijinhos,
AmigaDelicada.com.br
Hey Fofa!
Excluirprecisa mesmo e eu preciso tambem HEHEHEH
beijocas
Oi
ResponderExcluireu já conhecia o filme, mas não lembro de ter assistido ele só sei que ele é um filme muito famoso.
momentocrivelli.blogspot.com
Hey Denise!
ExcluirÉ um filme que tem muito potencial e eu preciso ver também, não assisti ainda.... rs
beijos
Caralho LP, se superou hein! Uma pena que esse povo sem cultura não conheça o maior diretor que essa Terra já viu, mas perdoai-vos pela ignorância, agora eles tem a chance de conhecer.
ResponderExcluirbjos LP
HAUAHAUHAUAHUAHAUHAUAHUAHAUAHUAHAUHA
LP é um manjador dos movies, isso sim!
Excluirtá de parabens, colaborador HEHEHEH
beijos
LP e suas resenhas fantásticas e mega completas e explicativas hahahaha adorei!! Confesso que não lembro se assisti esse filme, mas de fato ele é bem famoso! Depois dessa resenha vou ter que conferir se vi mesmo e, se não, correr pra assistir kkk
ResponderExcluirDesculpa a demora pra responder o seu comentário! Fim de ano é uma correria danada D: mas então... olha, eu acho que é um livro válido de ler, sim, e pelo que vejo dos seus gostos, é um assunto que te interessaria bastante. Mas se você escolher comprar, tenha em mente que não existe um final concreto. O livro narra a realidade vivida nos estados unidos sob a epidemia, mostrando claramente o sofrimento dos insones e o trabalho do corpo do sono para reverter isso com as doações. É um relato. O que eu quero dizer é: Não vá com expectativas. Se você espera uma leitura fenomenal, então é melhor você não arriscar. Mas se resolver ler, algo que eu te indico ler, sim, leia sem expectativas. É o que está sendo apresentado na história e acabou. Como ler uma reportagem que te instiga a curiosidade, mas você não vai obter muitas respostas dela.
xx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com.br/