Olá cupcakes! Hoje é dia de Challenge comigo e a Alê do blog Estante da Alê - os challenges mudaram e estamos um pouco mais ousadas: aumentamos os textos, aumentamos as palavras e estamos fazendo personagens inspiradas em cada mês. Agora estamos em abril e existe, ao menos, um personagem ariano (a) nos nossos textos com características como espontâneo, sincero (até demais?), divertido, hiperativo e meio doidinho. Lembrando que o tema é Páscoa😉
Essa época de chocolates e alegria do coelhinho realmente escondem um significado diferente pra mim. Embrulhar todos esses chocolates, vender promessas de um dia feliz só me fazem anotar mais uma vez no meu moleskine azul que preciso ser sincera, mas não demais, como costumo ser. Por isso me deixaram no caixa. Eu estava como vendedora, até que falei para a cliente que a escolha que ela havia feito para o laço do seu ovo de páscoa havia sido um tanto quanto inusitada e, bem... Agora não posso mais "palpitar no gosto alheio", como minha chefe me disse.
Mas eu não vejo problemas. Eu consigo trabalhar minha criatividade nos embrulhos e, inclusive, já recebi três elogios após a minha troca problemática - há males que vem para o bem, não é mesmo?
Abri a última embalagem de ovos e embrulhei a escolha do cliente que havia sido atendido pela minha melhor amiga. Ele tinha olhos castanhos, cabelos enrolados que caíam despretensiosamente sobre suas orelhas e olhos e tinha um sorriso cativante. Ele era bonito de um jeito singular e chamativo. Não havia uma mulher que não havia olhado para ele desde que chegara dizendo que precisava de chocolates para uma criança.
Claro que notei - enquanto embrulhava rapidamente a sua escolha com motivos infantis sem questionar muito - que ele não tinha aliança nos dedos, mas pelo jeito que falava parecia ser sua filha. Não que eu tivesse a ver com isso, mas provavelmente eu...
Mas eu não vejo problemas. Eu consigo trabalhar minha criatividade nos embrulhos e, inclusive, já recebi três elogios após a minha troca problemática - há males que vem para o bem, não é mesmo?
Abri a última embalagem de ovos e embrulhei a escolha do cliente que havia sido atendido pela minha melhor amiga. Ele tinha olhos castanhos, cabelos enrolados que caíam despretensiosamente sobre suas orelhas e olhos e tinha um sorriso cativante. Ele era bonito de um jeito singular e chamativo. Não havia uma mulher que não havia olhado para ele desde que chegara dizendo que precisava de chocolates para uma criança.
Claro que notei - enquanto embrulhava rapidamente a sua escolha com motivos infantis sem questionar muito - que ele não tinha aliança nos dedos, mas pelo jeito que falava parecia ser sua filha. Não que eu tivesse a ver com isso, mas provavelmente eu...
- Moça? Acho que nos conhecemos de algum lugar.
Isso me chamou a atenção.
- Eu acho que me lembraria de você.
Hum. Posso ter soado um tanto quanto rude, eu sei. Mas cara... Ele era um gato. Eu me lembraria de um bonitão desse na minha vida.
- Decerto que não. - E então, ele se aproximou do balcão, aguçou aquele sorriso que ele parecia ter vontade de dar risada e falou com voz rouca. - "Nos doces sonhos te encontrei, quando pequena, quando infante, e depois, como menina mulher, eu te amei em cada pequeno instante."
Eu não podia acreditar. Era ele.
Mas já fazia tanto tempo... Fazia tempo desde a última festa de família e ele não estava presente nela. Completei a frase que criamos, há anos e anos atrás.
Mas já fazia tanto tempo... Fazia tempo desde a última festa de família e ele não estava presente nela. Completei a frase que criamos, há anos e anos atrás.
- "Na vírgula que se formou dos seus lábios preenchi todos os meus sonhos e nela surgiu o meu último veredito que eu não podia simplesmente não te amar mais e demais todas as vezes que te encontrasse novamente." - citei.
Ele sorriu e seus olhos se encheram de lágrimas, pagou a compra e me deu o pagamento. Quando fui lhe dar o troco, ele já havia saído pela porta, deixando o sino soar.
Qual não foi minha surpresa ao não encontrar apenas o dinheiro, como também seu número de telefone e um convite para jantar às oito da noite.
Qual não foi minha surpresa ao não encontrar apenas o dinheiro, como também seu número de telefone e um convite para jantar às oito da noite.
•••
Eu estava me sentindo louca novamente, exatamente como me senti há dez anos atrás.
A moto dele estava estacionada na frente do meu restaurante favorito da cidade. Ele havia tido uma filha e meus pais a amam, mas nunca fora casado e eu havia me divorciado porque meu marido... Bem, ele havia me traído. E eu nunca senti com ele o companheirismo que sentia com Diego.
Diego era o meu algo mais.
E aparentemente, eu também era o algo mais dele.
Mas ele havia mudado muito, por isso não havia notado que era ele ao entrar na loja. Ele mantinha os cabelos em estilo militar quando era mais jovem, mas eu não mudei muito meu estilo visual em todos esses anos e estava mais bronzeado.
Ele estava sentado exatamente no mesmo lugar do nosso primeiro encontro.
Ele se lembrava de tudo como eu ainda lembrava. Foi nossa páscoa que começou aqui.
Muitas coisas aconteceram, a vida passou, mas quando é pra ser, ela se encarrega de trazer de volta o que você deixou escapar.
Te dá uma segunda chance pra ser feliz.
- Estressadinho?
Ele deu aquela gargalhada gostosa pela qual eu sempre esperei.
Ele havia pedido a minha comida favorita do Cantinho do Seu Fredo e estava me esperando com limonadas geladas. O meu copo tinha um mini guarda-chuva que tinha tanto significado pra nós. Uma folha de hortelã decorava o copo. Ele dizia que aquilo era para refrescar nossos lábios e nossas conversas - claro que os lábios se colavam antes que a conversa pudesse de fato refrescar...
- Dessa vez eu prometo que não te enrolo, Cristina. - Ele se levantou, pegou minha mão e me abraçou. - Dessa vez não vamos deixar a vida nos levar pra longe novamente.
Tantas coisas aconteceram nesse meio tempo, mas de alguma forma, dar uma chance a essa parte que eu sempre quis reviver e reconstruir não me pareceu uma ideia ruim.
- Você fica comigo dessa vez, estressadinho?
- Pra sempre e até quando você me quiser, doida.
Ele piscou e me puxou novamente para os seus braços e parecia a coisa mais certa que eu fazia em tanto tempo, o melhor presente de páscoa estava novamente me dando meu melhor abraço.
A moto dele estava estacionada na frente do meu restaurante favorito da cidade. Ele havia tido uma filha e meus pais a amam, mas nunca fora casado e eu havia me divorciado porque meu marido... Bem, ele havia me traído. E eu nunca senti com ele o companheirismo que sentia com Diego.
Diego era o meu algo mais.
E aparentemente, eu também era o algo mais dele.
Mas ele havia mudado muito, por isso não havia notado que era ele ao entrar na loja. Ele mantinha os cabelos em estilo militar quando era mais jovem, mas eu não mudei muito meu estilo visual em todos esses anos e estava mais bronzeado.
Ele estava sentado exatamente no mesmo lugar do nosso primeiro encontro.
Ele se lembrava de tudo como eu ainda lembrava. Foi nossa páscoa que começou aqui.
Muitas coisas aconteceram, a vida passou, mas quando é pra ser, ela se encarrega de trazer de volta o que você deixou escapar.
Te dá uma segunda chance pra ser feliz.
- Estressadinho?
Ele deu aquela gargalhada gostosa pela qual eu sempre esperei.
Ele havia pedido a minha comida favorita do Cantinho do Seu Fredo e estava me esperando com limonadas geladas. O meu copo tinha um mini guarda-chuva que tinha tanto significado pra nós. Uma folha de hortelã decorava o copo. Ele dizia que aquilo era para refrescar nossos lábios e nossas conversas - claro que os lábios se colavam antes que a conversa pudesse de fato refrescar...
- Dessa vez eu prometo que não te enrolo, Cristina. - Ele se levantou, pegou minha mão e me abraçou. - Dessa vez não vamos deixar a vida nos levar pra longe novamente.
Tantas coisas aconteceram nesse meio tempo, mas de alguma forma, dar uma chance a essa parte que eu sempre quis reviver e reconstruir não me pareceu uma ideia ruim.
- Você fica comigo dessa vez, estressadinho?
- Pra sempre e até quando você me quiser, doida.
Ele piscou e me puxou novamente para os seus braços e parecia a coisa mais certa que eu fazia em tanto tempo, o melhor presente de páscoa estava novamente me dando meu melhor abraço.
23 Comentários
adorei seu texto, ja falei por aqui o quanto acho dificil escrever textos com palavras assim pré definidas
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
verdade, Li!!!!!
ExcluirTanto amor por um texto <3 <3 <3
ResponderExcluirVocê arrasa, Pamzinha!
E o mais lindo é ver o quanto crescemos desde que começamos esse projeto.
beeeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
SIMMMM
Excluirisso é tão verdade,ale <3
Que bela história romântica.
ResponderExcluirBom fim de semana!
Jovem Jornalista
Fanpage
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Obrigada!
ExcluirAdorei o desafio e a criatividade para construir textos tão interessantes com as palavras já pré determinadas. Parabéns!!! Já quero ver o próximo desafio.
ResponderExcluirbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook
Opa, mês que vem já chegou um super interessante ;)
ExcluirOi Pâm, tudo bem?
ResponderExcluirEstou adorando os contos maiores do Words Challenge!
Esse ficou muito fofo, os protagonistas parecem aquele casal gato e rato cuja química é inegável, sabe? rs
Parabéns pelo texto! <3
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
eXATAMENTE HAHAHAHAHAHHA
Excluirobrigada Prih!
Amei esse texto. Gente, esse desafio é muito difícil, não conseguiria encaixar metade das palavras
ResponderExcluirbeijos
http://lolamantovani.blogspot.com
HEHEHEHEHEH
Excluirconsegue sim
Parabéns por conseguir produzir um texto tão incrível com palavras pré determinadas, não é fácil, amei me aprofundar na sua escrita!
ResponderExcluirhttps://www.kailagarcia.com
obrigada, Kailinha1
ExcluirOi Pam, td bem?
ResponderExcluirGostei muito dessa história!
"Muitas coisas aconteceram, a vida passou, mas quando é pra ser, ela se encarrega de trazer de volta o que você deixou escapar." adorei essa frase!
O gif combinou direitinho!
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
Eu não acredito em previsão do futuro, signos e coisas do tipo, porém, preciso dizer, minha mãe é de aries e ela tem todas essas características doidas, e mais, ela tbm é vendedora, mas graças a Deus ela aprendeu a controlar sua demasiada sinceridade para não perder clientes, hahaha.
ResponderExcluirAmei a crônica, fiquei vidrada até terminar de ler o texto *-*
Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥
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QUE DEMAIS
Excluirmuito oobrigada Leslie
HEHEHEHEHEHEH
meu pai é de Áries , mas ele é bem controlado até kkkkkk
Esse desafio é demais Pâmela, acho TÃO criativo. Amei os textos! :)
ResponderExcluirOBRIGADA CA!
ExcluirOie!
ResponderExcluirAdorei o seu texto, nossa, eu não sei se consigo escrever com itens pré-definidos assim. Eu precisaria de um boooom tempo pra pensar hahahaha ainda com tema de páscoa! Parabéns!
Beijos,
Caverna Literária
oBRIGADA LÊ!
ExcluirÓtimo desfecho.. Já no supermercado, a ariana foi pega num dia "calma" hahaha
ResponderExcluirNão sabia o que era moleskine, olha só!? Mas mulher adora uma agendinha, caderninho hehe
Esses reencontros da vida, que levanta sentimentos antigos... isso tem um potencial tremendo, e é muito bom quando acontece e a gente pode abraçar
Beiijos
https://www.rapeizedinamica.biz
HAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA
ExcluirVERDADE, LINCOLN!